domingo, 24 de janeiro de 2010

Reclamação formal

*Fonte: blog Palavra de Deva.

                    Caro Senhor Reitor
                    Venho por meio desta, representando a primeira turma de Serviço Social do Campus de Assis, fazer reclamação formal do sistema de avaliação da Prova Institucional Integrada realizada no dia 30 de novembro de 2009.
                    Fomos prejudicados no primeiro semestre do presente ano por receber tal avaliação com conteúdo não condizente ao estudado em sala de aula. É fato que foi disponibilizado no site um guia do conteúdo que serviu de orientação, apesar da incompatibilidade entre grade curricular pretendida e exposta.
                    Porém, nos deparamos com um desafio muito maior no segundo semestre: Decifrar uma prova mal elaborada e mal escrita. Estiveram presentes em suas questões erros ortográficos e de lógica que poderiam ser facilmente corrigidos com uma releitura feita pelos responsáveis pela criação do questionário.
                    Logo na primeira questão, onde se é solicitado um exemplo de ética, as respostas objetivas são apresentadas por meio de perguntas. Apenas uma afirmação ou negação poderiam servir como exemplos neste caso. E praticamente, senão todas são perguntas reflexivas sobre atitudes antiéticas dentro de uma empresa. Não houve clareza quanto ao enunciado, tão pouco quanto às possíveis respostas.
                    A questão número sete apresenta um erro grave. Desculpe-me, talvez a falha seja minha. Talvez os anos de estudo em escola pública em que, apesar do estigma social da condição de escola financiada pelo governo, me rendeu ótimos professores de história, não tenham sido suficientes para discorrer sobre a Idade Média.
                    Reafirmo, porém, em minha ignorância de estudante e, portanto, inferior na ordem hierárquica dessa instituição, o questionamento que fiz à minha professora no momento da avaliação. Não seria durante a Alta Idade Média, período histórico didaticamente situado entre os séculos V e XI, que a possibilidade e a confirmação do trabalho servil teriam acontecido?
                    Abismada, não encontrei dentre as alternativas aquela que correspondesse às afirmações que julgava corretas: I, III e V... Não, essa possibilidade não estava lá! “Chutei” algo aproximado.
                    As questões 13 e 14 são idênticas em conteúdo, com apenas algumas modificações quanto ao uso das palavras para compô-las. E, por sinal, de difícil compreensão quanto ao enunciado. Característica, aliás, frequente da avaliação.
                    Cito apenas alguns exemplos, dos quais ainda me lembro. Pois, para minha indignação maior, não tenho, assim como os demais alunos, acesso ao gabarito e questionário da prova, para uma possível leitura posterior. Tenho de me contentar com a nota fornecida no site e engolir a seco a impossibilidade de ressalvas.
                    A avaliação como um todo foi mal elaborada. Abandonou em suas linhas os princípios de coesão e clareza que tanto nos são cobrados. Tampouco faz uma avaliação justa de nossa aprendizagem. É pobre em conteúdo, não nos fornece uma base de preparação para exames posteriores como o ENADE, que afinal, será decisivo para o reconhecimento do atual curso junto ao Ministério da Educação, ou em concursos públicos, que correspondem à maior parte da demanda de Assistentes Sociais no país.
                    Não julgo a avaliação como difícil ou fácil, digo que foi mal estruturada, o que comprometeu a sua compreensão. Também não julgo as condições ou intencionalidade de seus elaboradores. Apenas peço que seja criada e aplicada com o mínimo de responsabilidade e respeito aos que possibilitam que essa instituição de ensino exista: os alunos.

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